O presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, é acusado de ter recebido milhões de euros antes da sua eleição, num livro de dois jornalistas do jornal "Le Monde", lançado em França, esta quarta-feira.
A acusação é feita por uma magistrada francesa no livro de Gérard Davet e Fabrice Lhomme, intitulado "Sarko m'a Tuer" (o que poderia ser traduzido em português por "Sarko matar-me", numa alusão às construções gramaticais usadas pelo chefe de Estado).
O livro reúne cerca de 30 entrevistas a pessoas, algumas conhecidas outras anónimas, "cujas carreiras e mesmo as suas vidas foram destruídas pelo chefe de Estado e os seus próximos", escreve o diário francês.
A juíza Isabelle Prévost-Desprez, de Nanterre (a oeste de Paris), acusa Nicolas Sarkozy de ter recebido "grandes somas em dinheiro" antes da sua eleição para a Presidência da República em 2007.
A magistrada foi responsável por parte da investigação do chamado caso Bettencourt, um escândalo político e judicial de múltiplas ramificações envolvendo a herdeira do grupo L'Oréal, Liliane Bettencourt.
A Presidência da República francesa, questionada pela agência France-Presse, considerou as acusações "infundadas, mentirosas e escandalosas".